19 de ago. de 2008

ÉTICA E SUBJETIVIDADE

Chegando a casa o filho se dirigiu ao pai: - Estava hoje em uma condução lotada quando um idoso, visivelmente cansado, embarcou num dos pontos. Ao entrar olhou para os lados e, não tendo aonde sentar, encostou-se na porta para seguir viagem. – Mas ninguém cedeu lugar, filho?, perguntou o pai. – Não. Num primeiro momento os passageiros se entreolharam, mas ninguém cedeu lugar. Foi quando percebi que todos ao meu redor me fitavam de esguelha como se esperassem uma atitude minha. Não suportando todos aqueles olhares, levantei-me para, então, ceder lugar ao senhor. O pai, passando as mãos na cabeça do filho, abriu um largo sorriso e disse: - Filho, não foram os outros olhares que te incomodaram, mas os de tua própria consciência.

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