16 de dez. de 2006

Depois dos aguilhões vieram as tumbas e os sarcófagos

Até o padre que amava o Papa, em segredo, revelou-se um desconhecido em meio à multidão. Por dentre as várias teias, escorregava pra dentro do Tempo e assimilava pouco, devido ao grande turbilhão, o que lhe era passado. E foi naquele presente absoluto que o futuro não mais se sucedeu...
Estagnado. O corpo petrificado. A alma como se tivesse sido suja por um decante ou um lapso de visão. Não acreditava no que o momento e o tear do Tempo traziam em nós atados; idolatria e decepção.
O Mundo agora está fadado ao limiar da Santa Ceia? O veneno que jorra do ventre da Terra - a Mãe e a Guerra - não nos reserva mais o futuro e a ambição? Os novos rumos e velhos erros não serão novamente cometidos?
De tudo que se sabe hoje é legado. De certo ou errado, tentado no passado. E o caminhante disso sabia e, quando se defrontou com seu destino, resignado, partiu dessa pra uma melhor.
Não foi nem suicídio, eutanásia e muito menos o veneno do aguilhão.
Foi seu poder de se encaixar à época...
(agradecimentos a Alessandro Rochinha)