11 de jan. de 2008

SAÚDE, MENTE E AÇÃO!

Foi pensando em você, leitor, que resolvi escrever esse texto-desabafo. E, antes que se manifeste, aviso: sei que o que é bom para mim, pode não ser bom para ti. Estou de acordo. No entanto, munido da melhor das intenções, com o espírito imbuído de carinho e consideração pela minha própria história de vida (e pela própria História da Vida) que resolvi modular essa sugestão.


A nossa geração, a sociedade contemporânea, tem em mãos, via o advento da tecnologia da informação, talvez de forma inédita na história conhecida, a oportunidade de ouvir novas versões para velhas histórias. Essas histórias estão diretamente relacionadas com o modo como vivemos, encaramos e interpretamos o mundo. Essas histórias constituem a Versão Ocidental da História. E, com a constatação dessa oportunidade, temos a possibilidade de construir (ou desconstruir ou reconstruir) a História da Humanidade. E assim como não há razão para temer o novo, também não há razão para acreditar sem viver.

O que é História? O que é Responsabilidade? O que é Ser? O que é Controle? O que é Liberdade? Ao longo dos tempos, filósofos de renome investiram suor e talento na tentativa de responder tais questões. Muitos esboçaram modelos coerentes e críticas sublimes. Foram publicados livros e mais livros abordando esses temas. Seja Foucault com a "Sociedade Disciplinar", seja Deleuze com a "Sociedade de Controle", seja Debord com a "Sociedade do Espetáculo", o fato é que muitos autores nos apontam importantes caminhos para tentar compreender as relações humanas e, mais especificamente, a Existência.

Por isso, lhe faço a seguinte proposta: ao invés de assistir ao BBB 8, assista ao documentário "Zeitgeist – The Movie" (link segue abaixo). Trata-se de uma produção norte-americana que significa, literalmente, o "Espírito do Tempo". Esse foi um presente que chegou até mim. Esse é meu presente a você. Dispa-se de seus pré-conceitos. Assista ao documentário com um mínimo de doação.

Cada minuto sem olhar pra telinha é uma vitória da realidade sobre a ficção (não a ficção enquanto gênero artístico, mas enquanto primado da fetichização e da banalização da vida). Cada segundo sem saber das proezas dos "Heróis do BBB" é uma vitória da sua qualidade de vida. Cada episódio não assistido é um ato de contemplação. E amor.

Caso não consiga visualizar, leia um livro, ouça um disco, escreva uma carta a um amigo querido. A idéia aqui é somente não fortalecer um programa de qualidade duvidosa, que realiza um trabalho, igualmente duvidoso, com as nossas mentes, com o discurso de que o ideal é entreter, é relaxar. Vale ressaltar que o modelo da TV brasileira é o mesmo da TV americana (entretenimento) e que o mesmo, por sua vez, é diferente dos modelos francês e inglês, onde a preocupação com o diálogo e a pesquisa é prioridade. "Mas Loscar... eu gosto de assistir exatamente por isso! Pra relaxar a mente!". Meu querido, com toda humildade: se queres realmente relaxar sua mente, feche seus olhos, tape seus ouvidos, exista em silêncio... Medite! Ali, certamente, vais encontrar um verdadeiro conforto. Uma verdadeira fonte de energia.

Acredito que é necessária a reflexão. Pense em minha proposta. Reflita. Não custa nada. Não peço aqui dinheiro, não peço presentes, não peço o seu voto. Peço apenas um pouco da sua atenção. Refletir é também Agir.

É isso. Se gostar da idéia, repasse aos seus.
O melhor abraço do Loscar, o Carlos Affonso
"A literatura é a coisa mais bela do mundo. Talvez, mais bela que o mundo" (Jacques Derrida)
"Todas as guerras são fictícias; exceto para as partes que corpo-a-corpo irão se encontrar" (Ivo Lucchesi)