4 de nov. de 2006

::SIGLA::

simbolismo dinâmico do entendimento
poesia e neologia cruas ao vento
ao tecido do pensamento...
à calibração da alma...
bato palma na veia
e a vertigem voa...
à saúde virgem
e ao tempo que não volta mais...

3 de nov. de 2006

PREÂMBULO

Lugares abertos pra muitas viagens
Viagens libertas pra muitos lugares
Lugares de cores e brisas queridas
Viagens no Rio já quase esquecidas
Lugares que chamam... Pessoas se amam...
Viagens que chegam... Pessoas se beijam...
Momentos rápidos e infinitos
Movimentos elásticos e desinibidos
Pessoas... lugares...
Viagens sem rumos...
Amigos e amantes
Vivências, semblantes...
Temperatura que sobe quando tu adentra
e o recinto em que me encontro já não mais alenta
Preciso expressar essa doidera...
Que seja ao meu jeito, da minha maneira...
E que seja feliz, uma vez que é vida
Que seja vivida em seu próprio tempo...
Que tenha freqüência e pensamento...
Pra que não sejam somente viagens...
Pra que não sejam somente lugares...
Mas pra que sejam pessoais e singulares...
Bem como o que sentimos...
Em diferentes ares, e diferentes mares...
Em diferentes viagens, e diferentes lugares...

CONTRA-SPIN

O sol a abrir suas asas... uma aura de vidas atrás...
o vento ventando por dentro do peito, ampliando as paixões...
lembro com tristeza do jeito com que a natureza tocava meus pés...
agora não resta nenhum dos Caetés...
foram todos levados a força pro novo mundo chegar
- os embrutecidos pelo tempo e pela falta de cores
traçaram cruéis o destino de um povo...
e mesmo com o passar dos anos,
a terra ainda sente a frieza com que se pisa o monte,
o pasto, a mata...
Mas o sol a raiar suas asas...
e o vento a ventar suas graças... ampliando as paixões...
deixando seus filhos mais altivos,
cantando à alma dos nativos, por toda parte corações...
no desabrochar das flores, no revoar dos pássaros,
nos dedos de uma criança, no riso que me lembra a infância,
nas pequenas canções...
E numa simples caminhada ao redor da magia a vida renasce...
sobrevivendo das pulsões de morte...
sobrepujando as lições de eternidade, da mente e do ser...
organizando o caos... o tenro, o terno, o volátil, o grão...
abrindo com toda minha poesia e o universo em minhas mãos...
E o músculo que pulsa ritmado me mantém acordado pra te ver chegar...
mas tu não chegas de verdade, pois já estavas comigo...
esse velho e nobre amigo...
esse que é irmão da dor...
o que morde e assopra...
o declarado Amor...

BRAHMA

VAZIO???
EU RIO!
FRIO???
NÃO NUM BERÇO NOS BRAÇOS DE BRAHMA
QUE GIRA, GIRA E VIRA A LUZ QUE EMANA
E SE MANIFESTA EM QUEM QUISER DE FORMA BOA
SEJA BEM VINDA A NOVA ERA
AGORA JÁ NÃO MAIS SE CAMINHA... AQUI SE VOA...
E NO EXPERIMENTO QUE SE APRESENTARÁ
O VALOR DA EXISTÊNCIA VAI TER O PESO DA ALMA
E QUEM CORROBORAR COM CALMA
NUM NOVO SER VAI TRADUZIR CERTEZAS
E FRAQUEZAS NÃO MAIS SERÃO PROBLEMAS
NEM DILEMAS
SÓ HAVERÁ ALENTO
POIS O OBJETIVO É UM SÓ
O FIM DO TEMPO
- NÃO SEREI UM SER PELA METADE
NÃO SEREI METADE DA IRMANDADE
SEREI EU NA PLENITUDE DA VERDADE -