15 de dez. de 2008
Do Livro do Mundo II
27 de out. de 2008
Do Livro do Mundo
18 de set. de 2008
Ao moço dos olhos azuis; o velho dos bigodes brancos...

Não o perdi, meu avô. Foi a sensação, o título, que se perdeu. Substituído pelo retorno eterno de Memória, o momento é inaugural e a deusa, assim, me permite o reviver. Não há lugar para muitas palavras e apenas o pensamento flui sem seguir, necessariamente, qualquer orientação. Não há últimas homenagens, apenas a continuidade da celebração. A morte, que chega dissolvendo os sentidos, indica que quem está ausente só o faz por alguns instantes - ainda que pontuados pelo infinito. Logo, a turva névoa do sem-sentido, do “sem-resposta”, se converte na presença de um profundo pensar, um profundo existir. É reconfortante saber que foi proferido o “eu te amo”. E isso não se pode perder. Adeus meu amigo. A-Deus meu avô*.
*Laerte Storck dos Santos (27 de outubro de 1927 – 17 de setembro de 2008)
15 de set. de 2008
Três sentenças sobre o Tempo
25 de ago. de 2008
::LINKS & SUGESTÕES::
O FIM DA METALINGUAGEM (?)
O FIM DA METALINGUAGEM?
O FIM DO MEL DA LINGUAGEM?
O FIM DA META?
O FIM DA LINGUAGEM?
*
O QUE QUERES DIZER? NO QUE ACREDITAR?
MEL FAZ MAL PRA SAÚDE???
E O QUE MAIS FAZ BEM?
O QUE MAIS É ZEN?
QUEM FAZ MAIS? QUEM BEM FAZ?
O QUE NOS CONTAM DE NOVO?
*
HÁ CIÊNCIA NA CARICATURA DO MUNDO
HÁ CIÊNCIA NOS ENTES LATENTES
*
E NO FIM DA METALINGUAGEM:
*
SÓ EU E A MINHA LINGUAGEM
SEM POESIA
SEM ALEGRIA
SEM MINHA METALINGUAGEM
SEM CARRUAGEM
SEM O FIM
SEM MIRAGEM
SEM PASSAGEM
19 de ago. de 2008
ÉTICA E SUBJETIVIDADE
Chegando a casa o filho se dirigiu ao pai: - Estava hoje em uma condução lotada quando um idoso, visivelmente cansado, embarcou num dos pontos. Ao entrar olhou para os lados e, não tendo aonde sentar, encostou-se na porta para seguir viagem. – Mas ninguém cedeu lugar, filho?, perguntou o pai. – Não. Num primeiro momento os passageiros se entreolharam, mas ninguém cedeu lugar. Foi quando percebi que todos ao meu redor me fitavam de esguelha como se esperassem uma atitude minha. Não suportando todos aqueles olhares, levantei-me para, então, ceder lugar ao senhor. O pai, passando as mãos na cabeça do filho, abriu um largo sorriso e disse: - Filho, não foram os outros olhares que te incomodaram, mas os de tua própria consciência.
18 de ago. de 2008
A ESTÉTICA DO OCIDENTE

Em tempos de Olimpíada, além dos limites físicos do Homem, também são batidos recordes de estupidez e falta de senso crítico da nossa espécie. Como já se sabe, durante a cerimônia de abertura dos Jogos de Pequim, a cantora Yang Paiyi (à esquerda) foi considerada “feia” pelos organizadores do evento, que acabaram optando pela dublagem da fofinha Lin Miaoke (por eliminação, a da direita). A imprensa brasileira, seguindo a tendência dos demais veículos ocidentais, reverberou o caso com um tom de inconformismo ímpar. Críticas bombásticas, leitores inconformados, mensagens de apoio à Paiyi (que também é "cute-cute"), brotaram nos sites, nas colunas e nos noticiários da TV. A repercussão da notícia parece configurar um quadro propício à construção de uma Teoria do Absurdo. Um absurdo que cotidianamente nos mostra suas variadas facetas. Um absurdo que acaba por nos exigir uma postura questionadora, mas, sobretudo, perspicaz.
Nesse caso, surgem as seguintes questões:
1 – Qual é a indústria responsável pela padronização estética da beleza no mundo?
2 – Vislumbrando o contínuo processo da abertura econômica e cultural, não teriam os chineses apenas agido segundo a linha de raciocínio do complexo midiático ocidental?
3 – Não teria sido o fato um desdobramento natural da leitura das informações, das premissas e dos valores, banalmente propagados pela “Indústria Cultural do Oeste”?
4 – Não seria Lin a versão pop da Yang?
5 - Não estamos acostumados a digerir astros da música internacional que corriqueiramente se utilizam do playback em suas apresentações pelo globo?
6 – Qual a novidade do assunto?
“Quando Prometeu fez o homem, deu-lhe dois sacos para carregar: um com os defeitos alheios, o outro com os defeitos próprios. Os homens levam o primeiro na frente e o segundo atrás. Eis por que sempre estamos prontos a ver os defeitos dos outros, mas nunca percebemos os nossos” (Os Dois Sacos - Fábulas de Esopo)
11 de ago. de 2008

